SIGNIS Brasil articula o setor de Educomunicação e Pesquisa

SIGNIS Brasil articula o setor de Educomunicação e Pesquisa
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Grupo Mais Novo do SIGNIS Brasil Expande Área de Educomunicação

Comunicadores e educadores

A área de formação é uma das frentes que as organizações de comunicação católicas no Brasil (UNDA / Br, OCIC / Br, UCBC) têm realizado ao longo dos anos, buscando preparar pessoas pastoral e profissionalmente para sua missão evangelizadora. para diferentes performances na mídia. como rádio, cinema e vídeo, impresso e na educação do senso crítico, tanto de produtores quanto de interlocutores.

A SIGNIS, internacionalmente, em sua atuação em diferentes áreas, possui uma área que se refere à Educação em Comunicação com a plataforma GLOBAL NETWORK FOR MEDIA EDUCATION (RGEM), que pode ser acessada em www.signismedudesk.org

No Brasil, juntamente com os setores SIGNIS Rádio, SIGNIS TV, SIGNIS Impressos, SIGNIS Jovem, está sendo organizado o Setor de Pesquisa e Comunicação SIGNIS. O objetivo é despertar e fortalecer a Educação em Comunicação que a Associação realiza por meio de seus membros em diferentes espaços: no treinamento efetivo em seus centros de treinamento, no desempenho de ensino e pesquisa em universidades, escolas, treinamento de profissionais em a comunicação. , bem como no campo da produção e disseminação de mensagens nos mais diversos gêneros, mídias e plataformas.

Entendendo Educomunicação

Ouvindo a expressão Educomunicação, muitas pessoas pensam e se referem ao conceito de educação formal, ou seja, escola. No entanto, a experiência de ser educador como comunicador pode e acontece em espaços informais de educação, como é o caso da comunicação pela mídia em diferentes idiomas, que marca o SIGNIS Brasil. Todos sabemos por experiência que, ao projetar um produto de mídia, existe a intenção de treinar, educar pessoas, inspirar a prática de valores e ações solidárias e cidadãs, além do fato de a mídia ser formadora de opinião.

A palavra Educomunicação é um neologismo que une educação e comunicação e é entendida como paradigma ou modelo norteador de práticas sociais, educacionais e de comunicação que visam criar e fortalecer ecossistemas de comunicação abertos e democráticos nos espaços educacionais e de comunicação. Portanto, na produção da comunicação, existe a intenção de educar as pessoas diante dos valores. Em seus documentos de comunicação, a Igreja insiste na formação de autores, produtores, destinatários e menciona espaços formais, como escolas, universidades como educação para "o uso correto das redes sociais para diferentes idades", de acordo com o decreto do Conselho. Vaticano II Inter mirifica [1] , nos números 15 e 16.

A educação também inclui o aspecto da participação, gestão compartilhada e solidária dos recursos de comunicação, suas linguagens e tecnologias, o que leva ao fortalecimento do papel dos sujeitos sociais e ao conseqüente exercício prático do direito universal à expressão. Uma das características da Educomunicação é a formação do interlocutor, seja um estudante, um agente pastoral ou um profissional da comunicação, para que possam se apropriar de conhecimentos teóricos e práticos e atuar em favor da comunicação em seu ambiente e de acordo com suas necessidades. realidade e cultura.

A prática educomunicativa é desenvolvida na interface Comunicação e Educação e constitui uma área que dialoga com as diferentes realidades, entre elas, comunicação e meio ambiente, comunicação e saúde, entre outras. Essas práticas ocorrem diariamente, tanto na escola quanto na produção de programas nos mais diversos gêneros.

Um comunicador que educa

A educomunicação, portanto, consiste em práticas sócio-educacionais-comunicacionais, cujo objetivo é criar e fortalecer ecossistemas de comunicação democráticos abertos em vários espaços, com gestão compartilhada e apoio aos recursos de comunicação, por meio de linguagens e tecnologias. A ideia é fortalecer o papel dos sujeitos sociais nas práticas. Segundo o comunicador e educador Mário KAPLÚN (1988), não há desenvolvimento comunitário se os grupos não empreenderem um processo de troca de idéias e opiniões, e a comunicação é o canal que fortalece essas ações em um processo democrático de diálogo participativo. Na perspectiva deste autor,

Toda comunicação democrática começa abordando as pessoas, começando com elas e com sua realidade (...) colocando o receptor não apenas no final do esquema, mas também no início: originando as mensagens, inspirando-as, como fonte de pré-alimentação (.. .) coletar as experiências dos destinatários, selecioná-los, ordená-los e organizá-los e, assim, estruturá-los, devolvê-los, para que possam conscientizá-los, analisá-los e refleti-los (...). Quando a mensagem é divulgada, o sujeito coletivo pode se reconhecer nela, identificar-se com ela, apesar de serem outros atores e não o protagonista que dá vida à história. Ele é, de alguma forma, co-autor da mensagem: ele começa a ser "emirec". (KAPLÚN, 1998, p.78-79) [2] .

A palavra "emirec" vem da união "remetente e destinatário", cunhada pelo canadense Jean Cloutier e depois pelo KAPLÚN, para reforçar a idéia de que o ser humano não é passivo diante da mensagem recebida, interfere, modifica , questiona e refaz de seu próprio contexto.

Portanto, do ponto de vista da educomunicação, cabe ao comunicador-educador desenvolver empatia, ou seja, colocar-se no lugar do outro, valorizar suas qualidades e permitir a comunicação democratizada, onde todos estão ativos. No Brasil, existem várias organizações que trabalham sob a perspectiva do compartilhamento compartilhado, são pessoas que entendem que o conhecimento é adquirido no processo de compartilhamento do conhecimento, por meio da comunicação dialógica, o que permite a reflexão e o fortalecimento da consciência crítica sobre o compartilhamento. todos envolvidos.

Experiências educacionais entre os membros do SIGNIS Brasil

Uma das ações planejadas pelo setor de Educação e Pesquisa do SIGNIS Brasil é mapear as experiências existentes que contêm os elementos da Educomunicação entre elas: processo participativo, intenção educacional, trabalho em equipe na gestão e implementação, reflexão críticas às produções midiáticas, valorizando o ser humano como sujeito do processo de comunicação.

O objetivo é identificar, refletir e disseminar ações que possam testemunhar uma comunicação experiente com valores humanos, cristãos e cidadãos que despertam solidariedade, se colocam a serviço da vida e da paz.

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O mais novo grupo da SIGNIS Brasil amplia a área de Educomunicação, incluindo pesquisas, com o objetivo de reunir de forma gradual e sempre pesquisadores, professores e profissionais de comunicação interessados ​​em outras áreas da pesquisa científica, com especial interesse em veículos e projetos. . e experiências comunicativas que atendem aos objetivos centrais da entidade, sintetizadas em sua missão: comunicação para uma cultura de paz. Além disso, a Educomunicação e Pesquisa do SIGNIS Brasil quer ser um espaço para todos os pesquisadores de comunicação que compartilham valores éticos e acreditam no trabalho de pesquisa como uma contribuição fundamental para repensar a qualidade da produção da comunicação. Nesse sentido, também faz parte de seus propósitos a construção de canais de intercâmbio com outras entidades e grupos de pesquisa na área de comunicação no Brasil e no exterior, para aprofundar e dar maior visibilidade a seus projetos, tanto no campo acadêmico quanto no mercado. meios de comunicação.

[1] Inter mirifica (entre as maravilhas), decreto do Concílio Vaticano II sobre a mídia. São Paulo: Paulinas, 1965. Foi aprovado em 4 de dezembro de 1963.

[2] KAPLÚN, Mario. Comunicação entre grupos: o método Cassete-Foro. Buenos Aires: Humanitas, [sd] . 1988.
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